Resumo
A displasia occipital é uma variação morfológica do forame magno que passa a apresentar uma extensão dorsal, conformação que se assemelha a uma “fechadura”, decorrente da insuficiência mesodérmica na fase embrionária, que ocasiona a ossificação incompleta do osso occipital, sendo encontrada principalmente em cães de pequeno porte ou “toys”. O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura para verificar se a displasia occipital apresenta significância clínica em cães e estabelecer se é sinônimo da hipoplasia occipital. Na literatura podemos encontrar divergências relacionadas a displasia occipital, tendo em vista que alguns autores caracterizam a mesma como sendo uma doença, que irá se manifestar através de sinais clínicos, enquanto outros, compreendem esta como sendo apenas uma variação anatômica. A displasia occipital muitas vezes é associada a hipoplasia occipital, essa, caracterizada pela superlotação das estruturas neurais dentro da fossa caudal. Observou-se que apesar das divergências literais, faltam argumentos comprobatórios de que a displasia occipital seja uma enfermidade e que provoque o comprometimento do sistema neurológico. Ainda que, muitos autores considerarem que a displasia occipital um sinônimo de hipoplasia occipital, na verdade são desordens anatômicas diferentes.