Resumo
A utilização de técnicas de imagem, como a radiologia, é fundamental na medicina veterinária para o diagnóstico e tratamento de diversas condições em animais. No entanto, a exposição à radiação ionizante durante a realização desses procedimentos representa um risco ocupacional significativo para os profissionais da área. Este estudo objetiva analisar o nível de conhecimento e adesão às práticas de radioproteção na medicina veterinária por meio da análise de trabalhos publicados nos últimos 10 anos. A revisão da literatura identificou 13 estudos relevantes que abordam o uso de equipamentos de proteção individual em radiologia veterinária. Os resultados indicam que, embora o uso de aventais plumbíferos seja uma prática relativamente comum entre os profissionais, a utilização de outros EPIs essenciais, como luvas e protetores de tireoide, se mostra consideravelmente inferior (com taxas de adesão entre 20% e 50%). Dentre os fatores que contribuem para a baixa adesão, destacam se a percepção de baixo risco, o desconforto durante o uso dos EPIs, as dificuldades de acesso aos equipamentos e a falta de treinamento adequado. Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de implementação de estratégias abrangentes para fortalecer a cultura de segurança radiológica na medicina veterinária. Tais estratégias devem incluir a criação de programas de treinamento específicos, a facilitação do acesso aos EPIs e a realização de campanhas de conscientização sobre os riscos da exposição à radiação.